“Mas vocês não são assim, pois foram
escolhidos pelo próprio Deus - vocês são, sacerdotes do Rei, são santos e
puros, pertencem ao próprio Deus - tudo isto para que vocês possam mostrar aos
outros como Deus os chamou da escuridão para a sua maravilhosa luz.” 1
Pedro 2:9.
“Pois Deus estava em Cristo,
recuperando o mundo para Si, não levando mais em conta os pecados dos homens
contra eles, e sim apagando-os. Esta é a mensagem maravilhosa que Ele nos deu
para transmitir aos outros. Somos
embaixadores de Cristo. Deus nós está utilizando para falar a vocês: Nós lhes
imploramos, como se o próprio Cristo estivesse aqui suplicando a vocês: aceitem
o amor que Ele lhes oferece - reconciliem-se com Deus.” 2
Coríntios 5:19,20.
“Tenham no coração de vocês respeito
por Cristo e o tratem como Senhor. Estejam sempre prontos para responder a
qualquer pessoa que pedir que expliquem a esperança que vocês têm.” 1 Pedro 3:15.
Uma
das melhores maneiras de construir relacionamentos e iniciar conversas
espirituais é contando a nossa história com Cristo, ou seja, o nosso testemunho
pessoal. Um dos maiores privilégios do cristão é difundir sua fé em Cristo.
Este privilégio, por exemplo, foi almejado pelos anjos (1 Pedro 1:12), porém
dado exclusivamente ao ser humano que deposita sua fé em Cristo. Embora muitos
métodos e estratégias possam ser usados para propagar a nossa fé, nada é mais
eficaz do que contar como o amor, a graça e a misericórdia de Cristo
transformaram a nossa vida. Mais cedo, ou mais tarde, alguém provavelmente
ficará curioso quanto ao que aconteceu na sua vida, ou perguntará por que você
é tão diferente e será uma ótima oportunidade para falar-lhe do que Cristo fez
em você.
As
pessoas a quem damos nosso testemunho podem tentar fugir do assunto, colocar em
dúvida os fatos históricos e bíblicos ou culpar os outros por sua condição.
Porém, é difícil não levar em conta o autêntico testemunho de um cristão cuja
vida foi transformada.
O
testemunho pessoal é a forma mais persuasiva de comunicação. Ele é muito
importante pelos seguintes motivos:
a) Seus
amigos e colegas ficarão interessados, pois as pessoas gostam de ouvir sobre
histórias pessoais;
b) As pessoas se identificarão com sua história. Tendemos a desenvolver intimidade
com pessoas que têm interesses e experiências semelhantes aos nossos. Por isso
é bastante provável que seus amigos se identifiquem com algumas de suas
experiências espirituais. Não fique preocupado se sua história é sensacional.
Mesmo simples, as pessoas podem ser tocadas pelo Espírito e serem convertidas;
c) Sua
história é difícil de questionar. O cético pode negar sua doutrina e atacar sua
igreja, mas não pode ignorar honestamente o fato de que sua vida foi
transformada. Vivemos numa cultura que valoriza muito a experiência, por isso
não querem apenas saber se o cristianismo é verdadeiro, mas sim se funciona;
d) É uma história única, não há outra igual. Isto mostra como Deus age soberanamente
e como Sua graça é multiforme;
e) As
pessoas lembram-se das histórias mais facilmente, além de ser mais fácil de
entender.
Vários
são os testemunhos na Bíblia de encontros com Deus e histórias de conversões.
Entretanto vamos analisar o testemunho do apóstolo Paulo, para que mais tarde,
possamos construir o nosso próprio testemunho.
Em
seis ocasiões diferentes Paulo usou seu testemunho pessoal para compartilhar as
boas novas aos incrédulos. Estes fatos se encontram desde o cap. 22 ao 26 de
Atos. Leia atentamente estes capítulos e procure descobrir em que situações
Paulo compartilhou a sua fé. Entretanto, neste estudo, vamos nos ater no
testemunho de Paulo que fez perante o rei Agripa e Festo, que se encontra em
Atos 26:1-23.
1) Atitudes e ações de Paulo antes de sua conversão (vv. 1-11):
- Vivia como fariseu (v.5);
- Prendeu muitos santos (v.10);
- Compactuou com a morte dos
santos (v.10);
- Perseguiu os cristãos (v.11).
2) Circunstâncias da conversão de Paulo (vv. 12-18):
- Ele estava indo para Damasco,
era meio-dia;
- Surgiu uma luz do céu, que
excedia o esplendor do sol e envolveu a todos;
- Ele ouviu o próprio Senhor
Jesus que perguntava porque ele estava perseguindo-O. Logo lhe falou que iria
constituí-lo ministro e testemunha do evangelho para livrar muitas almas do
poder de Satanás, para que sejam salvas e conduzidas ao Reino de Deus;
Leia 2 Coríntios 5:17 e Gálatas
6:15.
3) Mudanças nas atitudes e ações de Paulo após sua conversão (vv.
19-23):
- Paulo demonstrou prontamente
arrependimento e obediência à visão celestial, e logo começou a anunciar o
evangelho e a proclamar que as pessoas devessem se arrepender e se converter a
Deus, produzindo obras dignas de arrependimento. Nisto perseverou, mesmo em
face à perseguições por parte dos seus conterrâneos.
Leia 1 João 1:5-9; 2:3-6.
4) Incentivo ao ouvinte a reagir ao que foi falado (vv. 25-29):
- Paulo procura persuadir ao seu
ouvinte a reagir ao que foi testemunhado, terminando por fazer uma pergunta
conclusiva: “Crês nos profetas? Eu sei
que sim”. Essa pergunta fez Paulo mover-se de apenas partilhar fatos sobre
sua própria vida para conclamar aquele homem a tornar-se seguidor de Cristo.
Agora
vamos procurar fazer o seu próprio testemunho pessoal. Vamos colher dados para
deixá-lo completo e útil nas mãos do Espírito Santo.
Nome:
_____________________________________________________________
1) Atitudes
e ações antes de eu me tornar cristão. Qual foi sua experiência espiritual
durante sua infância e como ela o afetou à medida que você crescia – seus
sentimentos, atitudes, ações e seus relacionamentos. Procure ocultar fatos
muito detalhados e que sejam experiências espirituais complexas e que possam
fazer com que as pessoas não entendam. Evite também nomes de seitas e religiões
para não melindrar alguns ouvintes. Procure responder a perguntas como: como
era minha vida antes de Cristo tornar o meu Senhor? Quais as cirscunstâncias
que são comuns para um descrente identificar? O que era mais importante para
você? Qual o substituto de Deus que você usou para tentar ser feliz? Ex.:
esportes, casamento, festas, drogas, dinheiro, poder, fama, sexo... Se seu
passado incluir pecados graves, é melhor ser sábio e mencionar com discrição,
sem detalhes. Esta parte do testemunho não deve ocupar a maior parte, pois de
outra forma se tornaria um “tristemunho”.
2) As
circunstâncias da minha conversão. Leve em conta época, data, local,
pessoas, motivação, etc. Esta é a ocasião ideal para resumir o evangelho:
morte, sepultamento e ressurreição de Jesus Cristo. Responda a questões: como
eu descobri que precisava de Cristo? Quais passos significantes que levaram você
a se converter? Quais as necessidades, dores ou problemas que levaram você a
perceber que seu modo de vida sem Deus precisava mudar? Como você se sentiu
motivado para buscar a Deus? Este é um ótimo momento para citar alguns
versículos bíblicos, mas não coloque muitos, pois estamos preparando um
testemunho que possa ser contado em 5 minutos. De preferência escolha um
versículo-chave que Deus usou em sua vida. Seja claro nos detalhes que envolvem
sua entrega a Cristo, de modo que a pessoa saiba como pode também ter um
encontro com o Senhor.
3) Mudanças
em minhas atitudes e ações desde a conversão. Como sua vida começou a mudar
depois que você passou a ser discípulo de Jesus? Que benefícios você
experimentou desde que se tornou cristão? Qual a diferença que Cristo faz em
sua vida? Quais problemas foram solucionados? Como Jesus o ajudou a mudar para
melhor? Como isso melhorou seus relacionamentos? Seja claro, dando exemplos e
não se esqueça de falar de sua firme confiança de que Jesus lhe deu a promessa
da vida eterna, de que mesmo que morra, viverá para sempre com Ele.
4) Pergunta
conclusiva. É melhor terminar sua história com uma pergunta conclusiva ou
declaração que exija uma resposta da outra pessoa. Seu testemunho não deve ser
simplesmente uma auto-biografia, mas uma ferramenta de evangelismo eficaz.
Alguns exemplos de fechamento: “Foi isso que aconteceu comigo. Você se
identifica com algo assim?”; “E qual é a sua experiência espiritual?”; “Você
aprendeu alguma dessas coisas enquanto crescia? Em que você crê?”; “Essa é
minha história. Gostaria de ouvir a sua.”; “Essas coisas fazem sentido para
você?” ou “você já teve um encontro com Jesus? Você o conhece?”.
Se
você se converteu quando criança, mas afastou-se. Ou esteve sempre na igreja
mas sem muito interesse até que percebeu sua necessidade de Deus:
a) Você
pode usar as mesmas 3 partes, mas comece falando do tempo imediatamente antes
de sua reintegração.
Dê
alguns exemplo de como você tentou satisfazer suas necessidades sem Cristo.
b) Descreva
o que fez você perceber que precisava de Cristo para melhorar sua vida e como
foi seu compromisso com ele.
c) Explique
como Jesus tem preenchido inteiramente sua vida.
Se você se tornou crente ainda
cedo, na infância ou adolescência e persistiu na fé:
a) Use
as mesmas 3 partes com as seguintes modificações.
b) Enfoque
uma necessidade séria ou um problema comum que você percebe que os outros estão
tentando resolver.
c) Mostre
como você não conseguiu nada ao buscar soluções por conta própria. Então explique que você nunca passou por esses problemas
por ter entregado sua vida a Jesus quando era ainda bem jovem.